quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Linguagen e Educação

A interdisciplina de linguagem e educação possibilitou reflexões bastante interessantes sobre o uso da linguagem pelos diferentes grupos sociais. São estilos diferentes adotados tanto na linguagem oral como na linguagem escrita. Pensar sobre como isso se reflete na educação e como a escola trabalha com essa realidade. Passei a entender que a escola em suas práticas trabalha com um estilo padrão letramento, ignorando essa diversidade lingüística. As escolas padronizam pelas qualidades intrínsecas à escrita, os alunos e alunas que convivem em seu cotidiano com pais escolarizados e que desde muito cedo compartilham desse mundo letrado. E com isso exclui do processo educacional uma parcela muito grande da sociedade que não faz parte desse grupo. Assim a escola que deveria ser para todos fica só no papel e nos discursos de uma minoria escolarizada. Vejo que a escola precisa direcionar sua prática para modelos mais alternativos, considerando a concepção de mundo e a cultura dos diferentes sujeito que nela chegam. Criar um contexto facilitador para transformar os alunos e alunas em homens e mulheres letrados.

EJA

A muito tenho curiosidade de entender como se dá a modalidade da EJA no que diz respeito a sua organização curricular, a falta de tempo e de necessidade imediata, me distanciaram dessa busca. A partir da interdisciplina estou tendo essa oportunidade. Não tinha o entendimento de como acontecem os avanços a progressão. Ainda muito presa a organização por série e a padronização, onde todos devem aprender as mesmas coisas num mesmo tempo dificultavam essa compreensão. Entendi que a modalidade permite uma flexibilidade de organização. Vejo a flexibilidade da organização curricular como princípio de respeito aos sujeitos que por diferentes motivos não puderam freqüentar a escola na idade própria e que por vezes nesta idade também enfrentam muitas dificuldades.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

LIBRAS

A interdisciplina de libras está teoricamente direcionando meu olhar para uma realidade que nunca fez parte do meu cotidiano social e familiar, as necessidades de uma pessoa surda. A partir das leituras, do filme e das discussões com colegas estou dando conta o quanto o tema é interessante e necessário. Passo a compreender que utilizar de gestos, sinais, expressões faciais e corporais é correto para estabelecer comunicação com uma pessoa surda. Além da importância das LIBRAS. O conceito da LIBRAS como uma língua.
Não tinha conhecimento da formação das comunidades surdas dos povos surdos e da luta para serem reconhecidos como sujeitos surdos e não mais como deficientes auditivos. Outro conceito.

Didática, planejamento e avaliação.

Até o momento a interdisciplina de didática tem me levado a muitas inquietações, não por trazer novidades teóricas, pois no sétimo semestre, muitas das questões abordadas já estiveram presentes em outras interdiscplinas, mas por me levar, mais uma vez a refletir sobre minha prática pedagógica. A mim isso inquieta, e muito. Temos visto ao longo do curso que as propostas pedagógicas que determinam nossas práticas fazem parte de um contexto social, político e econômico em determinados períodos da história da humanidade. Percebo mais uma vez que esse processo, não é nem autônomo muito menos democrático, como muitas vezes acreditamos ser. Dar-me conta que tenho reproduzido modas pedagógicas que servem a interesses do poder econômico que exploram uma enorme camada da sociedade é necessário. Mas é necessário também que me aproprie de conhecimentos que possibilitam questionar minha prática para transformá-la com autonomia. Ela sempre será ideológica, mas que essa ideologia seja de inclusão de cada sujeito como cidadão. Como fazer isso? Eis o grande desafio.

domingo, 13 de setembro de 2009

Muitas expectativas

Estamos dando início a mais um semestre do nosso curso. Nossas aulas presenciais já nos chamaram a realidade de pensar questões muito relevantes da nossa prática pedagógica. A questão das diferentes linguagens que fazem parte do cotidiano dos nossos alunos e que não podemos ignorar sob pena do fracasso do nosso trabalho. Esse universo das linguagens precisa estar presente quando planejamos nossa prática. Quem é este aluno e o mundo que o cerca. Então vamos ter a oportunidade de aprender sobre a linguagem dos sinais, que não faz parte do meu cotidiano e também a proposta de trabalho da EJA, um tema que tenho muito para conhecer e aprender. Tenho muitas expectativas de aprendizagens com as interdisciplinas do eixo.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Finalizando o semestre

Estamos finalizando mais um semestre, e com ele a reflexão síntese das aprendizagem desse eixo. Meu envolvimento com as propostas de leituras e reflexões das interdisciplinas foram um tanto tímidas no início do eixo, mas aos poucos foram me envolvendo, e posso dizer que tive aprendizagens muito significativas. Confirmando uma certeza povisória de que uma mudança de concepção epistemológica não garante uma mudança de prática pedagógica, mas sem essa mudança não haverá mudança na prática.

domingo, 21 de junho de 2009

Moralidade

A partir da atividade proposta pela interdisciplina de psicologia, “moralidade na escola” e a leitura dos textos, fazem relações com os estudos da filosofia sobre o “desenvolvimento moral” levando a reflexões a cerca de uma das dificuldades que a escola vem enfrentando, que é a violência nas relações sociais.
Os autores estudados, Adorno e Kant, abordam a necessidade de uma educação já na primeira infância para evitar que o sujeito cometa atos bárbaros. Uma educação para o autoconhecimento crítico. A educação entendida como disciplina e instrução com a formação. A disciplina para o domínio da selvageria e a instrução para desenvolver o raciocínio para que a natureza humana possa se desenvolver e seguir o seu destino.
A psicologia ajudou-me a entender como podemos e devemos, enquanto escola ajudar na construção do desenvolvimento moral das nossas crianças.
Entender o quanto as relações interpessoais podem colaborar para o desenvolvimento da moral autônoma, que a escola é um ambiente que reúne grupos, que possui relações de respeito, então a construção desse desenvolvimento faz parte do compromisso da escola.
Para que a escola possa cumprir esse papel é importante entender como as crianças desenvolvem essa moralidade. Piaget (1994) indicou duas principais formas de estabelecer relações e respeito: uma permeada pela coação adulta e pelo respeito unilateral, que eu entendo aqui pela disciplina defendida por Kant, e outra em que permeia a cooperação a reciprocidade e o respeito mútuo. ”As relações de cooperação necessitam de comprometimento de ambos os envolvidos, o que só é possível a partir da descentração cognitiva e de uma compreensão do sistema de regras em que se está inserido.” O que acredito que só será possível pela instrução, a escola deve proporcionar atividades que levem ao desenvolvimento do raciocínio da auto- reflexão crítica, para constituir-se um sujeito autônomo.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Eduação Inclusiva

Este semestre tem nos apresentado uma proposta de possibilidades de trabalhar com as diferenças. Pra mim foi uma relação nova, pois não havia estudado tão de perto o funcionamento das possibilidades de um deficiente a partir da inclusão nas classes regulares de uma escola comum. Dar-me conta do quanto estamos despreparados para trabalhar com a inclusão e entender que ela é tão necessária. A necessidade de mudança de concepção, revendo o papel da inclusão, saber reconhecer e valorizar a diferença e entender que as pessoas se desenvolvem nas relações sociais, e que a escola é um espaço com oportunidades diversas para experimentar estas relações. Perceber também a falta de políticas públicas para viabilizar a educação inclusiva, desde providenciar meios de acessibilidade nas escolas e recursos materiais e humanos para garantir a aprendizagem. Vejo um longo caminho a ser construído, para garantir a inclusão escolar.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Semana Acadêmica

Quarta feira, dia 27 de maio disponibilizei um tempo para assistir a apresentação

das nossas colegas na Semana Acadêmica da Universidade, no Salão EAD. Foi uma experiência

muito interessante. Primeiro pela possibilidade de ver nossas corajosas colegas se desafiarem, fizeram uma bonita apresentação, estão de parabéns. Segundo saber um pouco mais sobre o que acontece em outros cursos de EAD. Terceiro que todos temos experiências que podem ser socializadas num espaço como esse.

domingo, 17 de maio de 2009

Questões étnico-racial

Trabalhar e defender o trabalho das questões afro-brasileiras e indígenas até este semestre era uma tarefa muito complicada pra mim, a falta de esclarecimento para trabalhar a proposta era uma coisa absurda, sei também que esta não era uma dificuldade só minha. A partir da interdisciplina: Questões Étnico-Raciais Na Educação: Sociologia e História este tema passou a ter sentido, e fazer sentido. Encontrei nas palavras da Orientadora Educacional Marilene Paré o que esta interdisciplina me proporcionou e que deveria ser proporcionado a todos os professores, que é; socializar os conhecimentos sobre a cultura indígena e negra aos professores, dar fundamentação para trabalharmos a heterogeneidade étnica e cultural existente em nosso país. Os professores precisam reconhecer esta multiculturalidade para poderem trabalhar com ela, em especial a africana, pois conforme diz a orientadora: “A escola brasileira até esta data não tem sido competente no trato com a cultura dos seus educandos, especialmente com o grande contingente de origem africana que por ela perpassa e que compõe a maioria da população do país.”

domingo, 26 de abril de 2009

Entendimentos

A partir dos estudos das epistemologias genéticas, passei a refletir sobre; a maneira como concebemos o processo de aprendizagens do sujeito é determinante para formação desse sujeito. O conceito que temos do que é o conhecimento, de como acontece à aprendizagem é fundamental para nossas ações como sujeitos nesse processo na atuação com nossos alunos e alunas. Então comecei a relacionar a importância desse entendimento para o processo de inclusão dos portadores de necessidades educacionais especiais, na inclusão dos estudos das culturas afros e indígenas. Em que modelo pedagógico os sujeitos serão realmente incluídos? Em que modelo pedagógico nossos alunos e alunas terão oportunidade de entender as questões étnicas? Tudo isso me leva a questionar a serviço de quem eu faço educação, qual a minha concepção de cidadania? Então vejo que primeiro de tudo preciso superar minhas ignorâncias a cerca dessas propostas, o que está sendo oportunizado por todas as interdisciplinas desse eixo, por outro lado é preciso identificar meus preconceitos e combatê-los, pois estes são culturais, vivemos numa sociedade preconceituosa e somos influenciados por ela. Desde acreditar que o sujeito aprende só na escola, ou que a capacidade de aprender já nasce com o sujeito, até a questão de que os negros são excluídos por que querem, por incapacidade, que os deficientes não produzem por que investir neles.
Para que a escola cumpra seu papel de realmente promover a integração e buscar a igualdade social nós educadores precisamos acreditar que podemos fazer isso, mas acima de tudo temos que ter internalizado esses conceitos.

domingo, 22 de março de 2009

PAS

Estamos dando início ao VI eixo do nosso curso, a metade final, nossa primeira aula presencial, teve o caráter de nos trazer de volta a realidade acadêmica e nos motivar para o envolvimento em mais um semestre.
A apresentação dos Projetos de Aprendizagens proporcionou reflexões que acomodou um pouco as angústias que causou ao longo do semestre anterior com a proposta dos PAS. Apropriar-se da metodologia para trabalhar as diferentes áreas do conhecimento, as diferentes disciplinas do currículo escolar, me levou a entender os PAS como forma de envolver os alunos em aprendizagens significativas, coloca-lo como protagonista na busca do conhecimento. Tarefa ainda, difícil. Perguntar a nossos alunos o que querem aprender nos desestabiliza, parece nos tirar do nosso lugar de donos do conteúdo escolar, especialmente quando nos deparamos com assuntos que não temos tanto conhecimento ou que não sabemos a resposta. Realizar um PA foi complicado, pois todo o tempo estava preocupado com o resultado e não com o processo, a falta de experiência dessa proposta travou a evolução do projeto, e mesmo depois, sabendo que o objetivo era apropriação de uma metodologia, a falta do exercício de envolvimento para fora da pesquisa de sala de aula foram fatores determinantes para o resultado que tanto me preocupava. Penso que é necessário aprofundar mais meus conhecimentos sobre a metodologia dos PAS para poder aplicá-la em sala de aula. Muito bom saber que esta é a proposta do seminário integrador desse eixo.